O calor sufoca e o futuro derrete, transformando as salas de aula em espaços que ao invés de protagonizarem uma perspectiva de esperança, centralizam preocupações entre professores e alunos.

As escolas públicas do estado de São Paulo, onde deveriam florescer sonhos, hoje enfrentam uma realidade insustentável: estruturas precárias, salas de aula de lata, telhados que não protegem, paredes que não respiram. Em tempos de emergência climática, cada onda de calor ou chuva forte expõe ainda mais a desigualdade que marca nosso sistema educacional.

O aquecimento global não é uma ameaça distante. Ele já está aqui, alterando vidas e moldando futuros. Segundo o IPCC, o mundo já aqueceu mais de 1,1 °C — e cada grau a mais significa mais perdas, mais riscos e mais sofrimento para quem já passa por dificuldades. No Brasil, 2023 foi o ano mais quente da história. E são os territórios periféricos, os estudantes negros, indígenas e pobres que pagam o preço mais alto.

A crise climática não é só ambiental: é social, racial e educativa.

Por isso, apresentamos o Projeto de Lei Escola Mais Fresca.

Porque nossas crianças e jovens têm o direito a aprender em espaços seguros, confortáveis e dignos.
Porque o combate às mudanças climáticas começa também dentro da escola.
Porque educar para o futuro exige agir no presente.

O PL Escola Mais Fresca propõe soluções reais e sustentáveis:

• Substituir estruturas de lata por prédios adequados e resilientes;
• Implementar coberturas verdes, áreas sombreadas e ventilação natural nas escolas;
• Integrar práticas de educação ambiental e adaptação climática ao cotidiano escolar;
• Transformar cada escola pública em um exemplo vivo de cuidado com o meio ambiente e com a vida.

Não aceitamos que nossos estudantes adoeçam de calor.
Não aceitamos que nossas escolas sejam ilhas de abandono em meio ao colapso climático.
Não aceitamos que o futuro de milhares de crianças seja adiado porque o presente não foi levado a sério.

O PL Escola Mais Fresca é um grito de resistência e de esperança.
É a certeza de que outro modelo de educação — e de sociedade — é possível.Por escolas vivas.
Por comunidades resilientes.
Por um futuro fresco, verde e justo para todas e todos.