Movimento Pretas lança  Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana na Alesp

Evento acontece dia 01 de junho e é liderado pela codeputada estadual Ana Laura Cardoso Acontece no próximo dia 1o. De Junho (quinta-feira), a partir das 18h, no plenário Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. Entende-se […]

29 maio 2023, 15:05 Tempo de leitura: 2 minutos, 40 segundos
Movimento Pretas lança  Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana na Alesp

Evento acontece dia 01 de junho e é liderado pela codeputada estadual Ana Laura Cardoso

Acontece no próximo dia 1o. De Junho (quinta-feira), a partir das 18h, no plenário Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.

Entende-se por povos tradicionais de matriz africana grupos étnicos e culturais que possuem uma ancestralidade africana e mantêm tradições, crenças religiosas e práticas culturais que remontam às suas raízes africanas. No Brasil, por exemplo, os povos tradicionais de matriz africana são representados por diferentes grupos étnicos, como os Yorubá, os Bantu, os Jeje, os Ketu, os Nagô, entre outros. Tais povos trouxeram suas línguas, religiões, rituais, danças, músicas e outras formas de expressão cultural, que se misturaram com as culturas indígenas e europeias, formando a base da rica diversidade cultural do país.

O Brasil foi o último país a oficializar o término da escravidão e na prática ela ainda nao foi extinta. Muitos dados corroboram isso. A Remuneração de brancos é 68,7% maior do que de trabalhadores negros, 67,4% da população carcerária do país é negra e 84% dos resgatados em trabalho análogo à escravidão em 2022 foram negros.

“O nosso país é racista e a legislação por si só não tem sido suficiente para enfrentar esta realidade. Por isso, estamos construindo essa Frente. Com esta iniciativa, pretendemos discutir publicamente as violações, problemas e desafios enfrentados pelos povos tradicionais de matriz africana no estado de São Paulo, seja do ponto de vista econômico, legal, territorial e social. A ALESP precisa tomar parte neste enfrentamento e nós vamos encarar este desafio com muita seriedade e compromisso”, afirma Leci Brandão deputada estadual pelo PCdoB. 

A Frente Parlamentar será coordenada por Ana Laura Cardoso (codeputada) e Monica Seixas (deputada), ambas do Movimento Pretas do PSOL, e terá a vice-coordenação da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB). Ainda conta com a parceria entre as bancadas do PCdoB, PSol e PT na Alesp. Estarão presentes nomes como Iara Bento, do SOS Racismo, a liderança de Carapicuíba Mãe Zana, bem como a deputada estadual Monica Seixas, entre outros nomes.

“Quando fui informada sobre a demolição do  Terreiro Ilê Asé Odé Ibualamo, da Mãe Zana, de Carapicuíba, percebi a importância de defender toda a contribuição que os Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana trazem ao país, assim como respeitar suas tradições e promover a igualdade e o respeito pela diversidade étnica e cultural. Apesar de várias  leis, seguimos em uma nebulosa estrutura racista que precisamos combater cotidianamente. A criação dessa Frente Parlamentar é uma forma de resistência dentro dessa luta. O racismo tem muitas teias e ataques aos nossos terreiros e comunidades de matrizes africanas é uma delas”, explica Ana Laura.

Serviço:

Evento: Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana

Data: 01.06.2023

Horário: 18h

Local: Plenário Teotônio Vilela – Alesp – Avenida Pedro Álvares Cabral, 201.