Prêmio Glória Maria: Projeto criado pela deputada Monica Seixas é adotado pelo Observatório Nacional de Violência Contra Jornalistas
Prêmio para reconhecer profissionais e veículos de comunicação que atuam na luta antirracista também foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, da Alesp O Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, adotará o *Prêmio Glória*, que visa reconhecer *pessoas, entidades, organizações e empresas de jornalismo e comunicação* […]
22 ago 2023, 16:11 Tempo de leitura: 2 minutos, 1 segundoPrêmio para reconhecer profissionais e veículos de comunicação que atuam na luta antirracista também foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, da Alesp
O Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, adotará o *Prêmio Glória*, que visa reconhecer *pessoas, entidades, organizações e empresas de jornalismo e comunicação* que se destacarem pela atuação em *defesa dos direitos da população negra* e resgate histórico e cultural das contribuições do povo negro no Estado de São Paulo.
A ideia da criação do *Prêmio Glória Maria* foi lançada pela deputada Monica Seixas, do Movimento Pretas do PSOL, no 1º Encontro de Veículos e Jornalistas Negros de São Paulo, que ocorreu na simbólica data de 13 de maio, na Alesp. Para a advogada *Lázara Carvalho*, chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Justiça e coordenadora executiva do Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas. “A liberdade de imprensa é um direito conquistado e pilar da democracia, assim como a equidade racial e de gênero”. Segundo ela, “Glória Maria, como pioneira e lutadora que sempre foi, representa o jornalismo sério, destemido e ativo, por isso não há melhor nome para esse prêmio”.
Segundo a *Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)*, embora a população brasileira seja formada majoritariamente por pessoas negras (56,20%), somente *20,10%* dos profissionais de imprensa se *autodeclararam pretos ou pardos*. Além disso, a *Pesquisa Racial da Imprensa Brasileira* aponta que *98%* desses profissionais afirmam que o desenvolvimento da carreira profissional é mais difícil do que a de profissionais brancos.
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) também deu parecer favorável, no último dia 09, ao andamento do projeto protocolado pela deputada.
“Sou jornalista de formação e sempre tive o desejo de promover a pauta do debate racial dentro das redações”, afirma a deputada estadual *Monica Seixas* (PSOL). Segundo ela, “muito se discute sobre o papel do jornalismo no combate a fake news e na manutenção da democracia, mas é urgente o debate sobre o papel da imprensa na luta antirracista e, para isso, precisamos de diversidade na imprensa”.