Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana realiza Audiência Pública pelo Fim das Violências

Atividade parlamentar é realizada em parceria por Ana Laura Cardoso, do Movimento Pretas do PSOL, deputada Leci Brandão e a codeputada Carol Iara, da Bancada Feminista Acontece no próximo dia 23 de outubro (segunda-feira), a partir das 18h30, no Plenário Tiradentes, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Audiência Pública, organizada pela Frente […]

4 out 2023, 13:02 Tempo de leitura: 2 minutos, 9 segundos
Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana realiza Audiência Pública pelo Fim das Violências

Atividade parlamentar é realizada em parceria por Ana Laura Cardoso, do Movimento Pretas do PSOL, deputada Leci Brandão e a codeputada Carol Iara, da Bancada Feminista

Acontece no próximo dia 23 de outubro (segunda-feira), a partir das 18h30, no Plenário Tiradentes, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Audiência Pública, organizada pela Frente Parlamentar em Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. 

A atividade parlamentar é organizada pela codeputada estadual Ana Laura, do Movimento Pretas do PSOL, em parceria com Leci Brandão e a codeputada Carol Iara, da Bancada Feminista, e tem por objetivo reunir e ouvir povos de terreiro que sofreram violência no último período, para registrar esses relatos e, desta forma, pensar políticas públicas adequadas que visam o fim da violencia e do racismo contra as comunidades de matriz africana. “O racismo religioso tem aumentado, com lideranças ameaçadas e nossa cultura e fé perseguida por fascistas e fundamentalistas. É de suma importância que o estado de São Paulo tenha políticas públicas de reconhecimento e de proteção e que coíbam essa perseguição às religiões africanas”, afirma Carol Iara, codeputada estadual pela Bancada Feminista do PSOL.

Embora a punição para crimes de intolerância religiosa tenha ficado mais rígida, nos últimos anos, crimes em por conta da religião aumentaram ao menos 45% no Brasil. Denúncias mostram que o alvo mais frequente são as religiões de matriz africana. Pesquisa coordenada pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, mostrou que quase metade dos terreiros no Brasil registrou até cinco ataques no mesmo período, por exemplo. “O nosso país possui uma ferida profunda, que se chama racismo, este se expressa todos os dias sobre as formas de expressão do povo negro e indígena, incluindo aí a religiosidade. O nosso Estado é laico, portanto você não pode condenar uma pessoa pela religião que ela professa. Só que tradições de matriz africana, por exemplo, são desrespeitadas não só no convívio em sociedade, mas também na falta de acesso às estruturas de Poder”, explica a deputada estadual Leci Brandão. 

“O racismo chega em todas as esferas, inclusive na intolerância religiosa. Por que a religião mais atacada é a de matriz africana? Queremos escutar os principais envolvidos no tema para encaminharmos políticas públicas da melhor forma possível. O racismo não será tolerado”, afirma Ana Laura Cardoso, codeputada estadual pelo Movimento Pretas do PSOL.