Movimento Pretas do PSOL na Alesp cria o Projeto de Lei “Dia Mãe Bernadete”
O PL institui o 17 de agosto como o data oficial de memória e luta das mulheres negras de matrizes africanas e quilombolas O movimento Pretas do PSOL na Alesp, liderado pela deputada estadual Monica Seixas e em parceria com a codeputada Ana Laura Cardoso, criou o *Projeto de “Lei Dia Mãe Bernadete de memória […]
20 dez 2023, 14:14 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundosO PL institui o 17 de agosto como o data oficial de memória e luta das mulheres negras de matrizes africanas e quilombolas
O movimento Pretas do PSOL na Alesp, liderado pela deputada estadual Monica Seixas e em parceria com a codeputada Ana Laura Cardoso, criou o *Projeto de “Lei Dia Mãe Bernadete de memória e luta das mulheres negras de matrizes africanas e quilombolas”*, que deverá ser comemorado oficialmente no calendário no Estado anualmente no dia 17 de agosto. “O projeto tem intenção de registrar a memória de uma liderança, mulher e Iyalorixa , mas também pretende homenagear todas as lideranças de matriz africana e quilombolas que fazem um enfrentamento diário contra a opressão e a violência”, afirma Ana Laura.
Nos últimos anos estamos acompanhando a crescente onda de ataques, violências e assassinatos às mulheres negras lideranças quilombolas e de matrizes africanas em todo país. Um desses casos culminou com o trágico assassinato de Ya Bernadete, mulher negra, liderança de matriz africana e quilombola assassinada em sua comunidade, em 17 de agosto de 2023, no Quilombo Pitanga dos Palmares – Caipora, Bahia.
De acordo com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) nos últimos 10 anos, ao menos, 30 lideranças quilombolas foram executadas dentro dos seus territórios. Ainda, segundo o II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, mostra que casos de ataques às religiões de matriz africana crescem 270%, chegando a 244 casos, em 2021.
“O nosso objetivo é que casos como o da Mãe Bernadete não aconteçam mais. Além disso, queremos que ela seja sempre lembrada como a grande lutadora que foi e não pelo caso de violência que aconteceu”, explica Ana Laura. “Queremos que sua família e seus entes queridos se sintam também representados. É necessário que entendam que não toleraremos mais que continuem nos matando. Não aceitaremos mais violência alguma”, finaliza.